As emissões de gases estufa ligadas à produção de energia (por exemplo, aquelas provenientes da queima de carvão) alcançaram um novo recorde histórico em 2010, apesar da recessão que as principais economias do mundo vêm enfrentando.
De acordo com a Associação Internacional de Energia, as emissões chegaram a 30,6 gigatoneladas: 1,6 gigatoneladas a mais do que no ano de 2009. O que esses números significam? Se as emissões continuarem aumentando a esta velocidade, há 50% de chances de que a temperatura global suba 4 graus centígrados até o ano de 2100, provocando mudanças climáticas que trarão consequências perigosas.
De 2008 a 2009, tanto as emissões ligadas à produção de energia quanto as totais tiveram uma leve baixa, em grande parte graças à grave crise econômica sofrida pelas grandes potências desenvolvidas do hemisfério norte. Mas as cifras de 2010 indicam que as coisas voltaram à normalidade.
Para que o mundo possa evitar os efeitos perigosos das mudanças climáticas, as emissões relacionadas à produção de energia não deveriam chegar a 32 gigatoneladas por ano antes de 2020. Mas, se neste ano houver um aumento semelhante ao do ano passado, esse limite será atingido nove anos antes do estimado.
A crescente crise da energia nuclear que se originou por causa do desastre de Fukushima, no Japão, poderia inclusive agravar a situação, já que com todos os seus problemas a energia nuclear é uma das principais tecnologias para a geração de eletricidade sem emissões de carbono.
O relatório publicado por The Guardian, aponta que ainda há esperança. Essa tendência pode ser revertida, mas somente se os governos tomarem atitudes imediatas e significativas para reduzir emissões. Na semana que vem, haverá uma nova rodada de discussões em Bonn, na Alemanha, visando a COP17, que a África do Sul sediará no final deste ano (sucessora da COP15 de Copenhague e da COP16 de Cancun).
Será que os líderes estarão à altura da situação?
http://blogs.discoverybrasil.com/treehugger/2011/06/recorde-de-emiss%C3%B5es-de-co2-pressiona-discuss%C3%B5es-clim%C3%A1ticas-em-bonn.html#more
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