Depois de festejar os mais baixos níveis históricos de desmatamento no final de 2010, o governo brasileiro voltou a anunciar más notícias: no período de agosto de 2010 a abril 2011, a derrubada de árvores na mais importante floresta tropical do mundo aumentou cerca de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo declarações do Greenpeace e de outros grupos ambientalistas, a causa dessa retomada é o projeto do novo Código florestal em discussão no Congresso: “A única explicação para a disparada das derrubadas são as promessas de ruralistas de anistiar quem desmatou e reduzir as áreas de proteção”, afirma a ONG em seu site.
Os números indicam que, no período mencionado, foram desmatados 1.848 quilômetros quadrados, em comparação com os 1.455 registrados no mesmo período do ano anterior. Só em março e abril, houve a derrubada de 593 quilômetros quadrados, cerca de dez vezes a área de Manhattan, em Nova York, o que representa um aumento de 475% em relação aos níveis de março e abril de 2010.
O problema se agrava ainda mais porque as derrubadas ocorreram na época das chuvas, quando o ritmo costuma diminuir. O Greenpeace Brasil também indica que os números podem ser ainda mais altos, já que a cobertura de nuvens em pontos como o estado do Pará não permitiram uma visualização nítida.
Em resposta a esses fatos, o governo brasileiro anunciou a criação de um “gabinete de crise” para investigar as causas do problema. Segundo o jornal inglês The Guardian, o novo gabinete está organizando 200 operações de controle, com o apoio da polícia federal.
O governo conseguirá frear o avanço da fronteira agrícola? O novo Código Florestal será uma ferramenta eficaz ou um retrocesso? Qual é a sua opinião?











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